terça-feira, 10 de abril de 2012

"Fortaleza melhor para quem mais precisa", por Luizianne Lins

Foto retirada da internet
A inauguração da creche da comunidade Marrocos, no Siqueira, e a entrega da Praça da Juventude da Serrinha são dois dos presentes do Orçamento Participativo que Fortaleza recebe nesta semana em que completa 286 anos. Outras obras passam a funcionar, numa programação que segue até sexta feira, dia 13, quando teremos o show de Paulinho da Viola no aterro da Praia de Iracema. 

Olha quanta coisa nova a Cidade experimenta desde que assumimos a Prefeitura em 2005! O aterro, que estava abandonado, numa Praia de Iracema esquecida, virou palco de nossos grandes eventos como o Réveillon. A orla do bairro foi urbanizada, ganhou faixa de praia, dois espigões e novos equipamentos de cultura. Parou de ser destruída pelo turismo que depreda e voltou a ser uma referência do turismo que nos interessa.

Outra novidade é o próprio Orçamento Participativo. Agora, a comunidade identifica suas prioridades e, democraticamente, decide onde deve ser investido o dinheiro público. Sem intermediários e sem dever favor a ninguém, cidadãos, antes sem direito à Cidade e à cidadania, passaram a apontar onde será a creche e a escola, a Praça da Juventude, a unidade do Centro de Referência de Assistência Social (Cras), o posto de saúde e o conjunto habitacional. 

Sem esquecer outras grandes obras, como os Cucas, o Hospital da Mulher, o Vila do Mar, o Transfor, etc, é também por este modelo democrático e socialista de gestão pública que costumo dizer: Fortaleza é hoje uma cidade muito melhor que a de oito anos atrás. Pelas obras em curso, os projetos e o dinheiro que ficam para a próxima gestão, afirmo que a Cidade começa a pagar a dívida social que tem com quem mais precisa e a se preparar para seu terceiro século de história.

Enquanto escrevo este artigo, vejo operários em torno de um trator, na obra de recuperação do Jardim do Paço Municipal, por onde passa o riacho Pajeú, embrião da nossa Fortaleza. O riacho passa a ser recuperado, valorizado, como fizemos com o Paço, que voltou a ser sede do Executivo municipal. Passado, presente, futuro... Parabéns, Fortaleza!

Luizianne Lins
luiziannelins@bol.com.br
Prefeita de Fortaleza e jornalista

terça-feira, 3 de abril de 2012

Artigo escrito pela Prefeita Luizianne Lins: "Reflexões sobre o poder - 1".

Essa vai para os tolos, loucos, vislumbrados, mascarados, obcecados e cegos pelo poder. Segue artigo, leiam e sintam!
Mesmo com anos de vida pública, ainda me surpreendo com os movimentos que ocorrem a partir da ganância pelo poder. É, “o poder”. Estudado, definido e conceituado ao longo da História, continua a intrigar a humanidade - e a loucura por ele continua, sem explicação. Basta olhar em volta para se perceber como ele transtorna, cria personagens que se tornam irreconhecíveis, destrói confianças, desfaz vínculos de amizade, corrói consciências, revela os tolos (e os empodera, ou pelo menos eles acreditam nisso). E ainda há os que, na loucura pelo poder, são incapazes de perceber suas próprias falhas (que sempre são muitas), de compreender seus próprios defeitos (que todo mundo enxerga, mas ninguém tem coragem de dizer) e de enfrentar suas próprias incapacidades. Há ainda os emergentes do poder. São aqueles deslumbrados que não sabem lidar com novos ambientes de poder, se perdem na história e ficam para trás. Há outros que esquecem sua própria história, sua trajetória e grudam no poder que, acreditam, vai os levar além. Ledo engano, esses são os primeiros que serão descartados quando não mais forem úteis a esse poder. Poder esse que os tornou servis e acabou com suas identidades (mal sabem que suas identidades eram o único poder que tinham). Outros se acham poderosos porque construíram impérios de poder econômico. Achando-se muito, subestimam os outros, fazem acordos trancados nos seus castelos, acreditando que isto lhe dará mais poder. Por fim, existem os loucos pelo poder. Aqueles que querem tudo! Suas mentes (aparentemente brilhantes) transformam-se em máquinas narcísicas e tristes de querer todo e qualquer poder. Viram seres cheios de si, rodeados de bajuladores (porque são essas as relações que buscam). Ninguém pode conviver com estes em relações de igualdade e respeito. Isto soa como provocação! Como os falta autocrítica, qualquer pessoa ou pensamento que avaliam como ameaça buscam ensandecidamente destruir. Porque na loucura pelo poder total essa virou sua obsessão. Que Deus livre o povo desses enfermos! Luizianne Lins luiziannelins@bol.com.br Jornalista e prefeita de Fortaleza
Fonte: Jornal O Povo Link: http://www.opovo.com.br/app/opovo/opiniao/2012/04/03/noticiasjornalopiniao,2813774/reflexoes-sobre-o-poder-1.shtml