Segue texto de Demétrio respondendo Plínio Bortolotti, do jornal O Povo:
Caro Plínio, pelo respeito que lhe tenho e aos leitores deste jornal, esclareço algumas questões levantadas em seu penúltimo artigo.
Sobre a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), a questão central – diga-se de passagem, muito mal explorada pela mídia – é que esta é uma concessionária da Prefeitura. Cobrar dela celeridade e eficiência é obrigação da municipalidade e da sua gestora.
Não se quis, em momento algum, criar uma crise institucional, mas mostrar ao cidadão preocupação em resolver um problema grave. Pelo contrário, há muito se fiscaliza e se multa a Cagece em silêncio. Mas algumas obras intermináveis daquela companhia estão irritando a população. Basta citar as das Dom Manuel, Leste-Oeste e Visconde do Rio Branco.
Repare: não estamos retirando de nós a responsabilidade. Ao contrário, estamos fazendo o que é legal e possível para acelerar estas obras. Até porque o munícipe quer saber é se o buraco vai ser tapado e não a paternidade dele. E se existe uma prestadora de serviço sobre a qual é legítimo fazer pressão, qual é o problema? Ruim é se fôssemos omissos.
A Operação Tapa-Buracos segue trabalhando, mas alguns problemas estruturais de Fortaleza só serão resolvidos com a devida drenagem. O problema não é a qualidade do asfalto, mas a natureza do terreno. O Transfor e o Drenurb estão resolvendo a questão, paulatinamente, mas de forma duradoura.
É fato que temos uma cidade que sofre problemas no trânsito com diversas interdições devido à quantidade de intervenções públicas. Por outro lado, é importante salientar que a Capital é hoje um verdadeiro canteiro de obras que mudarão – para melhor – seu fluxo e sua habitabilidade.
Sobre a “ofensiva midiática” da Prefeitura, acredito ser dever nosso informar à sociedade acerca da natureza dos contratos e serviços desempenhados diretamente pela administração e por terceiros. E pedir a colaboração do cidadão para manter a cidade limpa é uma forma de tentar educá-lo. Em ambos os casos, a administração municipal continua fazendo sua parte. Quer haja colaboração ou não.
Demétrio Andrade
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