Visita das moradoras de habitacionais e delegadas do OP ao Hospital da Mulher Foto: Thiago Gaspar |
“Hoje a noite vai ser pouca pra eu contar tudo o que vi”. Com estas palavras, dona Raimunda da Silva, de 75 anos, descreveu o avanço das obras do Hospital da Mulher de Fortaleza. Reunida num grupo de 120 mulheres, entre moradoras de conjuntos habitacionais da cidade e delegadas do Orçamento Participativo (OP), dona Raimunda, moradora da comunidade Maravilha há 51 anos, participou de uma visita à obra, na tarde desta segunda-feira (14).
A atividade, que integra a programação preparada pela Prefeitura em alusão ao Dia Internacional da Mulher, foi realizada através da parceria entre Coordenadoria de Políticas para as Mulheres, Coordenação do Projeto do Hospital da Mulher, OP e Fundação de Desenvolvimento Habitacional de Fortaleza (Habitafor).
“É importante que as mulheres conheçam como vai funcionar esse equipamento, para esclarecerimento delas e das outras pessoas, sabendo o que ele vai representar para a cidade”, destacou a coordenadora do Projeto do Hospital da Mulher, Lourdes Góes, durante a visita. A secretária de políticas para as mulheres de Fortaleza, Raquel Viana, reforçou: “As mulheres precisam se apropriar do Hospital, pois é uma conquista nossa”.
Dona Raimunda saiu do local satisfeita. “Está melhor do que eu esperava: muito bonito e bem encaminhado”. Em 284 anos de história, é a primeira vez que a cidade de Fortaleza terá um equipamento de saúde totalmente voltado para atender as mulheres. Além de chamar atenção por ser uma obra de grandes dimensões, o Hospital da Mulher tem se destacado por sua proposta inovadora: atender a saúde da mulher e seus direitos sexuais e reprodutivos, garantindo uma assistência universal, sem distinção de classe, raça, credo, nacionalidade, orientação sexual.
O Hospital está sendo construído em um terreno de 70.746,32 m², equivalente a pouco mais de sete campos de futebol oficiais. A área total construída representa 26.465 m² e será dividida em quatro blocos. O primeiro, o mais avançado do projeto, será dividido em duas etapas. A primeira parte, onde funcionarão a Administração, Consultórios, Laboratórios e Centro de Imagens, está quase totalmente concluída e encontra-se em fase de finalização. Na segunda parte do bloco, funcionarão: Pronto-Atendimento; Parto Cirúrgico; Centro Cirúrgico; Parto Normal; UTIs Neonatal, Médio Risco e Adulto; e Centro de Terapias Alternativas. O Hospital como um todo terá 184 leitos (incluindo 20 leitos de UTIs, sendo 10 UTIs Neo-natal e 10 UTIs Adulto).
Mulheres pedreiras - inserção no mercado de trabalho
Um destaque na construção do Hospital da Mulher é o Programa Mulheres Pedreiras. Graças à iniciativa, atualmente 10 mulheres pedreiras trabalham na obra, numa ação afirmativa que rompe a segregação ocupacional. É realizado um acompanhamento das operárias, com oficinas quinzenais de auto-estima e prevenção de violência doméstica e sexual. O trabalho se estende aos homens lotados na obra, que também são orientados sobre esses assuntos. O objetivo é garantir a integridade física, emocional e psicológica das mulheres pedreiras.
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