Radar do Sistema de Monitoramento das Chuvas Foto: Assessoria de Comunicação da Defesa Civil |
Desde o início da parceria com o Projeto Chuva, há um mês, a Defesa Civil de Fortaleza vem monitorando bairro a bairro os impactos das chuvas, principalmente nas áreas de risco, como também o traçado nas vias urbanas e curvas de níveis, fato pioneiro no Brasil. Até o momento, não foi necessário utilizar o sistema de Alerta e Alarme, disponível por meio da iniciativa.
O trabalho conjunto entre os agentes da Defesa Civil e os meteorologistas da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) foi pautado por plantões de 24 horas. A experiência vivida em Fortaleza agora será recebida na cidade de Belém (PA), a partir deste mês. Em nossa cidade, equipamentos como radares e satélites, continuarão realizando as atividades do projeto. Eles identificam locais com presenças de gotas líquidas de água, granizo, cristais de gelo, além da quantidade de chuva e outros parâmetros climatológicos. Os aparelhos estão instalados na sede da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza, Rua Delmiro de Farias, 1900, Rodolfo Teófilo.
Coordenado e executado no Brasil pelo Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o principal objetivo do Projeto Chuva é identificar as chuvas “quentes”, típicas de regiões tropicais, e que estão associadas às chuvas fortes e contínuas, que costumam provocar deslizamentos de encostas e enchentes. O sistema permite, a partir da precipitação estimada por radares meteorológicos, localizar a ocorrência de chuva em tempo real, identificando sua relação com as áreas de risco da cidade, subsidiando as ações da Defesa Civil, inclusive no sentido preventivo, já que é possível acompanhar o deslocamento dos sistemas precipitantes e saber as áreas da cidade em que a chuva irá ocorrer.
Foram coletados parâmetros climatológicos para análises das precipitações. Os resultados da pesquisa estão sendo avaliados e irão orientar as especificações do satélite brasileiro que integrará o programa Medidas Globais de Precipitação – Global Precipitation Measurement (GPM), liberado pelas agências espaciais dos Estados Unidos (NASA) e do Japão (JAXA). O GPM-Brasil, que é a componente brasileira do programa, conta com a participação da Agência Espacial Brasileira (AEB), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), da Universidade de São Paulo (USP), do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), dentre outras instituições.
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