sexta-feira, 18 de março de 2011

Número de leitos psiquiátricos em Fortaleza ultrapassa recomendação do Ministério da Saúde

Desde 2005, a Prefeitura promoveu grandes avanços na área, multiplicando o número de Caps.

Foto: Arquivo / Prefeitura de Fortaleza
Fortaleza conta atualmente com 600 leitos para internação de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) em hospitais psiquiátricos, 200 acima dos 400 recomendados pelo Ministério da Saúde, levando em consideração a população e a Rede Assistencial de Saúde Mental do Município. Desde 2005, a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), promoveu grandes avanços na área, multiplicando o número de Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e fortalecendo tratamentos alternativos aos hospitais psiquiátricos para pessoas com transtornos mentais ou que fazem uso abusivo de drogas, seguindo diretrizes nacionais e estaduais.

Quatro instituições oferecem leitos psiquiátricos a pacientes do SUS em Fortaleza: Hospital Mira Y Lopez (160 leitos), Instituição Espírita Nosso Lar (160), Hospital Psiquiátrico São Vicente de Paulo (120) e Hospital de Saúde Mental de Messejana (160). O Instituto de Psiquiatria do Ceará (IPC), que oferecia 80 leitos, está fechado para reforma, a pedido da própria instituição.

A titular da Coordenação Colegiada de Saúde Mental da SMS, Rane Félix, afirma que o número de leitos é suficiente, especialmente quando consideramos o porte da rede de saúde mental de Fortaleza. São 14 Caps, uma Residência Terapêutica, quatro Ocas Comunitárias de Saúde, uma equipe do Consultório de Rua, 18 equipes de apoio matricial em saúde mental na Atenção Básica e uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) com atendimento específico para a saúde mental.

Até 2005, Fortaleza contava com apenas três Caps. Hoje, são 14 Caps – seis Caps Gerais, para transtornos mentais; seis Caps AD, para pessoas que apresentam uso abusivo de álcool ou outras drogas; e dois Caps Infantis, para crianças e adolescentes –, que atendem quase 15 mil pessoas mensalmente. Em cinco anos, as internações em hospitais psiquiátricos tiveram uma redução de cerca de 30% - passando de 8.549 em 2005 para 5.994 em 2010.

Para a ampliação de serviços extra-hospitalares, o Município também estabeleceu importantes parcerias com movimentos comunitários de saúde mental, universidades e outras instituições – como as parcerias com o Movimento de Saúde Mental Comunitária do Bom Jardim, com o Movimento de Saúde Mental Comunitária do Pirambu - Projeto Quatro Varas, e com a Fundação Cearense de Pesquisa e Cultura (FCPC).

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