terça-feira, 12 de abril de 2011

Prefeita Luizianne Lins inaugura o Jardim Japonês

Um ato de homenagem e solidariedade ao povo japonês e um presente para Fortaleza, que completará 285 anos no próximo dia 13. 


  Inauguração do Jardim Japonês | Foto: Estácio Jr.

Com esses propósitos, a Prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, inaugurou a Praça Jardim Japonês Jussaku Fujita, na noite desta segunda-feira, 11 de abril. A festa, que contou com queima de fogos de 5 minutos e a revoada de 5 mil balões, marcou a entrega do novo espaço de lazer, meditação e entretenimento a Fortaleza. “Esse espaço, além de ser uma simbologia forte dentro do que defendemos, de termos uma civilização planetária, é um ícone para o Japão, que exatamente há um mês passou por um terremoto seguido de tsunami que deixou 13 mil mortos. É um reconhecimento da cultura oriental”, defendeu a prefeita.

Durante o evento, foi realizada uma cerimônia ecumêmica pelo Padre Gilson e o Pastor Samuel Munguba Júnior, em homenagem ao Japão, à Praça Jardim Japonês e às crianças e jovens mortos no Massacre de Realengo, no Rio de Janeiro. A solenidade contou com a participação do Cônsul do Japão no Brasil, Akira Suzuki, do Senador José Pimentel, do Secretário de Cidades do Estado, representando o governador Cid Gomes, Camilo Santana, do representante da família Fujita, capitão João Batista Fujita, de deputados federais, estaduais e vereadores, além de secretários municipais.

O novo espaço ocupa uma área de 1.900 metros quadrados, com toda a simbologia da cultura japonesa: nascente d’água e lagos que simbolizam o acúmulo de experiência da vida; uma cascata que expressa a força e a juventude; além da ponte que simboliza a ligação entre a Terra e o Paraíso. 

A Praça Jardim Japonês Jussaku Fujita possui cerca de 50 espécies que compõem o paisagismo horizontal, projetado pelo arquiteto e paisagista Salomão Nogueira. O paisagismo vertical foi projetado por Gica Messiara, paisagista paulista. O jardim suspenso assegura o isolamento acústico e a harmonia do espaço, cobrindo os muros de pedras, no interior da praça, formando um mosaico com diversas espécies de plantas.

Finalizando as características japonesas do Jardim, foram instaladas esculturas do artista cearense Ascal. Ele elaborou peças desenhadas especificamente para o local. São totens e obras em aço Corten. Esse material cria uma camada de ferrugem natural, chamada carepa, que protege a própria lâmina. Ascal também produziu a cascata que propicia o efeito de véu de água. No total, foram cinco totens em concreto e três totens em concreto com luminárias também em aço corten, com inscrições em japonês que significam Prosperidade, Felicidade, Fortaleza e Fé, ensinamentos da disciplina espiritual que os japoneses cultivam.

Além dessas peças, ele desenhou e esculpiu a nascente inspirada em origamis japoneses, um bonsai metálico fixado sobre as rochas, um painel no templo e uma luminária na rampa de acessibilidade. O trabalho dele recebe iluminação especial, à noite, deixando todo o ambiente mais bonito e inspirador.

A prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, lembrou que o espaço anteriormente não oferecia qualidade para o lazer da população, mas foi transformado em um lugar para encontro e meditação. “Aqui, antes, era conhecido como rampa do Granvile, e tinha muito mato e garrancho. Hoje, foi transformado em um espaço público da mais alta qualidade, é um lugar bonito, com fontes bonitas e vai oferecer paz a quem vier em busca dela”, explicou. 

A exemplo do que já ocorre em outros 13 núcleos do Programa Espaço Oriental, a Prefeitura de Fortaleza, por meio da Secretaria de Esporte e Lazer (Secel), vai oferecer aulas de Tai Chi Chuan no Jardim Japonês,  às terças e quintas-feiras, às 17 horas e às 17h50min. O espaço, que será mantido em cooperação com a empresa SP Combustíveis, contará com segurança e tem previsão de ficar aberto ao público diariamente, das 8h à meia noite.

O Homenageado

A praça homenageia o primeiro japonês que chegou a Fortaleza, Jussaku Fujita, que nasceu no Japão, em 1907, e chegou à Fortaleza em 1923, onde foi rebatizado como Francisco Guilherme Fujita e casou com Cosma Moreira, com quem teve 14 filhos. Trabalhou inicialmente nas atividades de floricultura e horticultura e faleceu em março de 1997, quando completaria 90 anos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário