Atualmente, nas 461 escolas municipais de Fortaleza existem cerca de 2,6 mil estudantes com deficiência física e intelectual. Para eles, a Prefeitura constrói e reforma escolas, garante unidades de ensino projetadas com rampas de acesso, elevadores, banheiros adaptados e salas multifuncionais. Hoje, já são 116 salas de recursos multifuncionais no Sistema Municipal de Ensino, que oferecem aos estudantes com deficiência materiais didático-pedagógicos específicos, recursos de acessibilidade e equipamentos que ajudam no processo de aprendizado de forma eficaz.
A Escola Municipal Edith Braga é um exemplo. A instituição promove há três anos um trabalho de inclusão e hoje tem 27 estudantes com deficiência. Eles participam de todas as atividades dentro e fora de sala de aula e são recebidos no contraturno escolar na sala de atendimento multifuncional. Os alunos são divididos em grupos e participam de atividades adequadas às suas necessidades. São crianças e adolescentes com autismo, síndrome de Down, déficit de aprendizagem, paralisia cerebral, surdez e cegueira. Quem os recebe é a professora especialista em Atendimento Educacional Especializado (AEE), Dáucia Regina de Oliveira Braga. “Muitas vezes as crianças estão integradas, mas não estão incluídas".
A inclusão é um processo delicado que consiste na participação e efetivação, sem que elas se sintam discriminadas”, explica. Dáucia lembra sobre os benefícios que a inclusão traz para os outros alunos. “Criança não tem preconceito, geralmente quem tem são os pais. Numa sociedade tão miscigenada como a nossa é essencial aprender a viver com o outro e suas diferenças. A longo prazo, serão adultos com menos preconceitos”.
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