sábado, 20 de agosto de 2011

Aumenta número de aves na Lagoa da Parangaba

Foto retirada do jornal O Povo (20/08/2011)

 

 

Aumenta número de aves na Lagoa da Parangaba

Animais realçam a beleza da Lagoa da Parangaba. Entre os fatores para o aumento da presença das aves, está a limpeza da lagoa.
 
Um aumento no número de garças na Lagoa da Parangaba. Essa é a impressão de quem frequenta o local. A maior presença das aves tem um motivo: a limpeza da lagoa, concluída no mês de junho. “Com o espelho d’água mais limpo, as garças conseguem enxergar melhor os peixes e isso as atrai para o local”, afirma o professor do curso de Ciências Biológicas da Uece e ornitólogo Luis Gonzaga Sales.

E as garças proporcionam um lindo espetáculo. Dotadas de penas alvas e bico amarelado, os passos lentos dão aos animais uma postura nobre. O voo é manso e, para encontrar as presas, elas peneiram no ar, batendo as asas sem sair do lugar.

A limpeza da lagoa, realizada pela Prefeitura de Fortaleza realçou a beleza do espelho d’água, antes encoberto por aguapés. “Também facilita a pescaria do peixe e do camarão”, afirma o pedreiro Iran Alves Ferreira, que frequenta a lagoa nos fins de semana ou em dias de folga do trabalho. Ele pesca por lazer e afirma ser possível capturar tambaquis de 18 a 20 quilos. E garante que não é conversa de pescador.

Além da limpeza do espelho d’água, com a retirada dos aguapés e da lama misturada com lixo, também foram capinadas as margens da Lagoa da Parangaba, trazendo um pouco mais de segurança para os moradores. “Por aqui, não dava para andar nem de dia, porque tinha vagabundo escondido no mato alto”, afirma o comerciante Francisco de Assis. Ele considera essa é a melhor limpeza já feita na lagoa e pede que ela tenha continuidade.

O aposentado Luiz Cândido Andrade acredita que a população deveria ser mais consciente e não deveria jogar lixo na água ou nas margens da lagoa. Ele teve a sorte de conhecer a lagoa antes de começar a ser aterrada e, quando tinha águas límpidas, “que dava até para beber”. ”Mas foram aterrando para fazer as avenidas José Bastos e Carneiro de Mendonça. Ela era maior”, afirma. O aposentado também cobra a urbanização do entorno da lagoa, prometida pela Prefeitura.

Toneladas de lixo
O chefe de Limpeza Urbana da Secretaria Executiva Regional (SER) IV, Eraguito Passos, informa que foram retiradas 128.392 toneladas de lixo, vegetação e areia da lagoa da Parangaba durante um ano de limpeza. Ele lembra que há quase 20 anos não havia uma limpeza desse porte na lagoa.

Além disso, garante que haverá a manutenção do espelho d’água e das margens a cada três meses. Sobre a urbanização do entorno da lagoa, Eraguito anuncia que o projeto para a reforma do passeio já está sendo elaborado.


ENTENDA A NOTÍCIA
Frequentadores elogiam o trabalho de limpeza na Lagoa da Parangaba, mas pedem reforma das calçadas, mais segurança e educação da população para que não jogue lixo no lugar. Em junho, a Prefeitura concluiu a limpeza.

SAIBA MAIS

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Controle Urbano (Semam) informa que o laudos de qualidade da água feitos junto com a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) e a Secretaria Executiva Regional (SER) IV mostram que a lagoa da Parangaba está imprópria para banho.

O maior foco de contaminação são os esgotos clandestinos jogados na lagoa.

Segundo a Semam, está sendo feita um trabalho em parceria com a Cagece para implantar a rede de esgoto no entorno da lagoa.


Além disso, a Secretaria alega que realiza fiscalização para identificar as origens das ligações clandestinas de esgoto.

A expectativa, acrescenta, é de que, no futuro, a lagoa seja despoluída.

A Lagoa da Parangaba é a maior lagoa em volume de água de Fortaleza. O reservatório tem aproximadamente 36 hectares.

Aos domingos, é conhecida a feira que é realizada no entorno do local.

Geimison Maia
geimison@opovo.com.br

Fonte: jornal O Povo
Link: http://www.opovo.com.br/app/opovo/fortaleza/2011/08/20/noticiafortalezajornal,2282997/aumenta-numero-de-aves-na-lagoa-da-parangaba.shtml

Habitação com planejamento e responsabilidade




Roberto Gomes - Presidente da Habitafor



Resolver a problemática do déficit habitacional em Fortaleza é, de fato, a meta central da política habitacional da prefeita Luizianne Lins desde 2005. Desta forma, a Fundação de Desenvolvimento Habitacional de Fortaleza (Habitafor) vem atendendo às famílias de baixa renda que vivem sem moradia digna há décadas.

São famílias que passam por insegurança, insalubridade, desconforto, gente que viveu ou ainda vive em barracos, pagando aluguel ou convivendo com saneamento básico precário. Parcela considerável do nosso povo habitando em cortiços, conjuntos habitacionais degradados e não regularizados, correndo riscos ambientais e sociais.

Hoje, a política habitacional começa a mudar profundamente as realidades encontradas. A Habitafor, com participação popular, materializa a maior intervenção habitacional da história da cidade, seguindo as demandas definidas pelo Orçamento Participativo, fazendo levantamentos socioeconômicos das comunidades e atendendo, com ações coesas nos assentamentos precários, a famílias que jamais sonharam ter uma unidade habitacional. Tudo isto com trabalho social, regularização fundiária, projetos arquitetônicos e urbanísticos, urbanização das comunidades, associando direito à moradia com erradicação de áreas de risco.

E tem mais. Esta política articula a construção de conjuntos e melhorias habitacionais com o diálogo constante com os movimentos sociais e a própria comunidade beneficiada, pensando o território e não mais somente a moradia. Portanto, junto com a casa, vinculamos à mobilidade urbana, a iluminação pública, o acesso à saúde e à educação.

Dito isto, é fácil notar que há uma integração sistêmica de ações de moradia, significando um avanço qualitativo da gestão pública na política de habitação. Hoje não temos apenas construção de casas e apartamentos. Temos novos estudos, novas alternativas, instrumentos jurídicos, tipologias, leis, planos estratégicos, programas que viabilizam a habitação de interesse social.


E isto já vem sendo debatido por universidades, movimentos sociais, sociedade civil e órgãos que têm suas bandeiras erguidas em prol da moradia digna para nossa gente mais carente. Mas as discussões devem ser energizadas. Assim, além da entrega de diversos benefícios (a exemplo das 4.649 moradias entregues, as mais de cinco mil em construção e as quase 30 mil ações de regularização fundiária), próxima semana, que é a semana nacional de habitação, a Prefeitura de Fortaleza promoverá o seminário “Habitação de Interesse Social – lutas sociais, políticas públicas e iniciativa privada”.

Para finalizar, friso que o estabelecimento da política pública efetiva para habitação popular em Fortaleza expressa uma revolução na administração pública municipal. Porque entendemos moradia digna como condição fundamental para o desenvolvimento urbano e social da nossa cidade e população.

Fonte: Jornal O Povo
Link:  http://www.opovo.com.br/app/opovo/opiniao/2011/08/20/noticiaopiniaojornal,2282949/habitacao-com-planejamento-e-responsabilidade.shtml

terça-feira, 16 de agosto de 2011

O POVO Online - Opinião - Centros de Referência de Assistência Social

O POVO Online - Opinião - Centros de Referência de Assistência Social

Luizianne Lins - Jornalista e prefeita de Fortaleza

luiziannelins@bol.com.br


A Fortaleza mais nobre precisa conhecer o que são os Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e entender a importância das ações que desenvolvem na Fortaleza mais pobre. Esses Centros de Referência estão presentes em toda a cidade, aplicando de forma descentralizada uma ousada política de assistência social.


No nosso governo, saímos de oito para 23 unidades deste tipo, onde recebemos demandas individuais ou de grupos que precisam de ações de uma gestão que acolhe, protege e promove. Sabe quantos são os atendimentos a cada ano? 23 mil!


Agora contamos também com uma unidade itinerante, que está percorrendo cinco comunidades da área da Regional 6: Curió/José de Alencar, São Bento, Ancuri, Pedras e Coaçu. A cada dia, o carro vai a uma comunidade e a equipe volta ao local na semana seguinte, dando continuidade à assistência.


Vamos ao encontro do cidadão que era “invisível” nas gestões anteriores. Levamos informações, encaminhamentos, soluções concretas que asseguram direitos sociais a quem mais precisa. E sabe quantos atendimentos o Cras itinerante vai realizar a cada ano? Três mil!


Cada Cras é uma “obra” que não tem tamanho, numa cidade onde 70% dos moradores dependem da escola pública para ter educação formal e do atendimento no posto do bairro para ter saúde. Os Cras são a rede que executa a nossa política de Assistência Social, planejada e levada a cabo por uma pasta específica, a Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), criada no começo da nossa primeira gestão e que tem apresentado números crescentes e resultados muito positivos.


Um dos números que destaco é o de pessoas que recebem o dinheiro do Bolsa Família. Eram cinco locais de cadastramento, que chegavam a fazer 98 mil inscrições. Hoje, são 35, que nos garantiram saltar, em junho, para 194 mil 624 beneficiados pelo programa. São ações assim que fazem com que o cidadão sinta que o município está perto de sua casa e que os seus direitos estão na palma de sua mão.