quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Fortaleza obtém êxito na pesquisa índice de vulnerabilidade social

A parte destacada da matéria fala dos índices de Fortaleza, mas toda a reportagem vocês podem ver no link abaixo. No texto, o estado do Ceará teve uma avaliação negativa, mas Fortaleza avançou positivamente nos índices. #Tremeoposição


Plano Construindo Fortaleza sem miséria. Na foto:Prefeita Luizianne Lins, Secretária de Assistencia Social Elaene Rodrigues, Secretária de Saúde Ana Maria e  Secretário de Educação elmano de Freitas.

Se o Interior do Estado amargou os piores índices de vulnerabilidades familiares, a Capital obteve bom êxito, com uma redução de 15% no valor geral, passando de um índice de 27,1, em 2003, para 22,8, em 2009. O que significaria, segundo o estudo, um aumento considerável na qualidade de vida dos moradores.

Entretanto, a geração de emprego e renda ainda é um grande engodo. A pesquisa explicita: as capitais nordestinas, incluindo Fortaleza, apresentaram, sim, melhorias proporcionais em relação à outras regiões, exceto nas dimensões relacionadas ao acesso ao trabalho e escassez de recursos, isto é, a grande dependência aos programas familiares, tais como o Bolsa Família.

Realidade

Sobre a situação atual, o professor do Laboratório de Estudos da Pobreza (LEP/CAEN) do curso de Pós-Graduação em Economia da Universidade Federal do Ceará (UFC), Carlos Manso, afirma que, primeiramente, deve se observar que a oferta de serviços públicos está intimamente relacionada com o volume de recursos. "Fortaleza dispõe de uma estrutura de benefícios públicos bem acima do que se observa nos municípios mais pobres, no entanto, mesmo assim, ainda distante do ideal, especialmente, na saúde e por causa do expressivo déficit de moradia", relata o professor.

Manso completa afirmando que, na última década e em todo o País, observou-se uma ampliação da oferta de bens públicos como educação, saúde, saneamento e abastecimento de água e, principalmente, energia elétrica, além de uma redução das desigualdades, aumento da renda média e redução dos níveis de pobreza.

As pesquisas, de acordo com ele, ainda apontam o mercado de trabalho - com a criação de novos postos e com os ganhos reais do salário mínimo - o principal responsável por esses avanços estruturais.

A colocação ruim do Ceará e do Interior do Estado chamam atenção, afirma o professor. Para ele, a nossa pobreza está, relativamente, mais presente em um ambiente de renda baixa e precária oferta de serviços essenciais.

"Para que possamos pensar em superação destas condições, é imprescindível que se ampliem a oferta e a qualidade dos serviços públicos, tendo o atendimento à pessoa humana como objetivo maior das políticas", afirma. Carlos Manso comenta ainda que é fundamental que as ações governamentais tenham coordenação.

Continuidade

Para André Menezes, coordenador do programa Bolsa Família em Fortaleza, a pobreza é algo estruturante, faz parte de um sistema de exclusão. "A universalização da educação seria uma boa maneira de enfrentar a pobreza. Mas a dificuldade da geração de emprego cria entraves".

Ele explica que a gestão municipal está integrando 13 linhas de ações do Plano Construindo uma Fortaleza sem Miséria. Dados apontam que 199.3 mil recebem o Bolsa Família.

Fonte: Diário do Nordeste
Link: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1094966

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